
Do ponto de vista prático ou filosófico esta é uma pergunta importante e dificilmente é feita. Afinal, como aprendemos bons exemplos de masculinidade? Como podemos nos tornar homens e refletir sobre isso quando não perguntamos? Porque na realidade nós, em geral, não perguntamos. Seja nos casos em que o pai está presente, seja entre amigos, esta pergunta dificilmente surge e dificilmente é respondida com seriedade.
Então, como os meninos estão aprendendo a serem homens?
Com exemplos? Que tipo de exemplos de masculinidade somos ofertados por nossa cultura?
Não é raro ver em nosso entorno representações de uma hipermasculinidade relacionada à força e à violência.
Não é raro ouvir que o mundo anda violento.
Mas que violência é esta? Quem a pratica? Em geral, homens.
Nós homens, matamos, violentamos, nos violentamos e nos suicidamos numa taxa muito maior em relação às mulheres.
De onde vem essa suposta propensão à violência?
O que a experiência masculina está nos contando sobre nosso mundo e nosso tempo?
Chega o momento de quebrarmos o silêncio, disso depende a cura da violência no mundo. Estas conversas são urgentes. A cura dos homens é parte importante da cura da humanidade. Podemos abrir espaço para o diálogo que nos levará à cultura de paz. Antes mesmo de desconstruir, precisamos repensar sobre o que realmente significa ser homem dentro de um projeto coletivo de mundo melhor. O que necessariamente precisam aprender os meninos para que sejam homens bons. Claramente a resposta não é violência.
Os assuntos são muitos, não há tempo a perder.
Estas e outras questões surgiram a partir das reflexões geradas pelo documentário O Silêncio dos Homens, de 2019.
Assista agora para refletir depois.
A masculinidade tóxica também é abordada em um outro documentário A Máscara em que Você Vive, de 2015.
Vamos conversar.
Texto por: Leandro Benedet e Marcelo Araujo